02 junho, 2007

A última peça...



Caros visitantes deste Blog...Aqui fica a nossa última caminhada pelos caminhos da animação.
Neste balanço final podemos dizer que aprendemos muito e estamos certas de que estes novos saberes nos serão muito úteis no futuro.

Esperamos que tenham gostado do nosso Blog e que tenham aprendido algo de novo connosco...

Aqui fica a última peça deste puzzle, que esperamos sinceramente esteja completo da melhor maneira, pois nós trabalhamos bastante para que este caminho tenha chegado até aqui...
Como não gostamos de despedidas, aqui fica um até breve com saudações amigas...
Dulce,
Laura,
Liliana

24 maio, 2007

Organização do projecto...



1. Pessoas Implicadas no nosso projecto de animação:

Os responsáveis pela animação: nós seremos as responsáveis e teremos um papel, não de líderes ou dirigentes, mas sim de animadoras;

Os destinatários: as crianças do Jardim-de-infância das Enguardas e comunidade envolvente que esteja disposta a participar no nosso projecto (pais, amigos, alunos da Universidade do Minho).

2. Lugar onde se realizarão as actividades:

Os locais de realização das nossas actividades serão a Universidade do Minho e o Jardim-de-infância, no caso da actividade de Campanha de Recolha de Livros para a criação de uma Biblioteca, e Jardim-de-infância e Junta de Freguesia de S. Victor para a actividade da Dramatização de uma peça de Teatro.

3. Quando se realizarão as actividades:

Este projecto é parte do projecto que estamos a realizar no Jardim-de-infância das Enguardas, teve início em 24 de Outubro de 2006 e termina a 9 de Junho de 2007.

4. Técnica a utilizar:

As actividades lúdicas devem ser formativas (têm de fomentar o desenvolvimento pessoal da pessoa), participativas (nas nossas actividades pretende-se que todos os nossos destinatários possam e queiram participar) e festivas (pretendemos que estas actividades não sejam algo aborrecido, mas sim algo que traga alegria a quem participa).

5. Instrumentos:

Aqui só poderemos falar de instrumentos para a actividade da peça de Teatro e neste caso utilizaremos, na medida do possível, materiais que já não se usem. Pretende-se reciclar a maior quantidade possível de material inutilizável noutras coisas para construir os figurinos e o cenário.
Bibliografia consultada:
Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

"Um mundo, uma história"


Actividade II: “Um mundo, uma história”

No que toca à actividade “Um mundo uma história”, esta vem mais uma vez de encontro às pretensões atrás referidas, pretendemos cruzar o gosto pela leitura e o respeito e integração cultural. Mas como? Através de uma História ligada à diferença cultural pretendemos realizar uma peça de teatro com os meninos, para posteriormente a apresentarmos à comunidade.
No culminar do nosso projecto faremos uma apresentação da peça de Teatro dramatizada pelas crianças, a toda a comunidade envolvente. Em suma, desejamos que o nosso projecto não se circunscreva ao jardim-de-infância mas que se alargue a toda a comunidade, à nossa Universidade e a todos os que diariamente nela desenvolvem a sua actividade. Pois só assim este projecto será uma forma de desenvolver hábitos de leitura cada vez melhores, e um respeito pela diversidade cultural que cada vez mais caracteriza os nossos contextos educativos, indo desde o jardim-de-infância até à Universidade. Só assim a frase “ Todos deferentes todos iguais” fará sentido na nossa comunidade.

Colaboração na criação da Biblioteca



Esta é a primeira actividade do nosso projecto, que passaremos a descrever em seguida:

Actividade I: Colaboração na criação da Biblioteca:

Tal como já tivemos oportunidade de referir, este projecto não faria sentido sem a participação da comunidade, quer dos pais, quer da comunidade em geral, como é o caso da nossa Universidade. Estando nós num meio universitário decidimos envolver a nossa comunidade educativa neste projecto, sendo assim realizamos uma campanha de angariação de livros na Universidade do Minho para auxiliar na criação da Biblioteca, pois em nossa opinião não faria sentido confinarmos o nosso projecto às paredes do jardim-de-infância, é necessário mais, é necessário incentivar os jovens à participação neste tipo de iniciativas. Mas esta campanha não se fica por aqui, demos ainda a conhecer este projecto de forma a encontrar possíveis interessados em colaborar activamente nas actividades do jardim, por exemplo através do ensino de danças, musicas, ou outras actividades, visto que também no seio da nossa Universidade a diversidade cultural é uma realidade.

O porquê deste nome...



Após falarmos dos objectivos do nosso projecto e das suas actividades, eis que falaremos um pouco do local onde este será implementado, bem como o porquê da sua existência.
Sendo assim, este projecto foi concebido para ser realizado no Jardim de Infância das Enguardas que se localiza da cidade de Braga, tendo este jardim uma ligação com a Junta de Freguesia de S. Victor desta mesma cidade, uma vez que se localiza nessa freguesia.
Julgamos também ser importante referir que este projecto para ser concretizado tem que ter por base uma análise e diagnóstico de necessidades, pois só assim saberemos onde é necessário e crucial actuar (análise e diagnóstico que já foi feito por nós, visto que este está a decorrer, mas que por motivos de ética não iremos revelar no decorrer deste trabalho), e que tipo de actividade vamos desenvolver para ir de encontro às necessidades das pessoas envolvidas. Podemos sim adiantar, que as actividades que serão descritas (e das quais já falamos um pouco), não são fruto do acaso, mas dessa mesma análise e do tratamento dos dados obtidos junto do nosso público-alvo.
Assim, este projecto denomina-se: “ A leitura no seio da Diversidade”, mas porquê este nome? Primeiro porque vamos desenvolver actividades que promovam o respeito pela diversidade, e compreensão das diferentes culturas, aliando estas actividade ao gosto e à compreensão da importância da leitura no seio do Jardim e de toda a comunidade envolvente, bem como aos alunos da UM. Para isso pretendemos, não confinar estas actividades às paredes do Jardim-de-infância, mas alargá-las a toda a comunidade. Temos plena consciência da importância da participação de pais, amigos e dos jovens (nomeadamente da nossa Universidade) neste tipo de iniciativas, por isso este projecto será algo em que as crianças e a comunidade dão as mãos na procura continuada de um respeito pelo outro e pela sua cultura. Sem olvidar a importância da leitura para um crescimento e vivências harmoniosos, com uma base cultural e de conhecimentos solidas que os livros tem capacidade de dar.
Após esta breve descrição do contexto e do porquê do surgimento (e do nome) do nosso projecto, falaremos de cada uma das actividades que pretendemos desenvolver com o nosso público-alvo.
Esperemos que tenham gostado :)
Até já...

10 maio, 2007

Objectivos do nosso projecto

Depois da introdução ao nosso projecto, em que falamos da etapa inicial que este tem que cumprir, consideramos pertinente referir os objectivos gerais do mesmo, bem como os objectivos de cada uma das actividades que pretendemos realizar.

Sendo assim, os objectivos gerais do nosso projecto são:

  • Promover a integração e o respeito pelas diferentes culturas;
  • Desenvolver hábitos de leitura nas crianças e na comunidade envolvente.
Em relação à primeira actividade que é "Colaboração na criação da Biblioteca", os objectivos especificos são:
  • Envolver a comunidade na criação da Biblioteca;
  • Desenvolver hábitos de leitura nas crianças e na comunidade envolvente;
  • Sensibilizar os estudantes universitários para a importância da sua participação neste projecto.

No que toca à segunda actividade, "Um mundo, uma história", os objectivos especificos são:

  • Desenvolver hábitos de leitura nas crianças e na comunidade envolvente;
  • Fomentar o envolvimento das crianças e da comunidade no projecto;
  • Criar condições para a integração e o respeito pelas diferentes culturas;
  • Reforçar a importância da aquisição de hábitos de leitura desde a infância.

Até breve...

03 maio, 2007

Agora falando de multiculturalismo...


Voltamos...
Desta vez para deixar uma hiperligação interessante sobre a outra actividade do nosso projecto relacionada com o tema "Multiculturalismo no Jardim-de-Infância".

Cliquem aqui :)
Até breve...

Um exemplo interessante...


Após uma pequena pesquisa sobre o nosso tema encontramos um projecto que nos pareceu bastante interessante e que gostariamos de partilhar com vocês...
Espearmos que gostem e que seja enriquecedor...

Visitem:
A nova geração de leitores

Abrir novos caminhos...


Após lermos o texto sugerido pela Docente, de Ezequiel Ander-Egg, verificamos que há um conjunto de etapas que temos, ou devemos, seguir na construção e aplicação de um projecto sócio-educativo. Assim sendo, numa primeira fase importa criar um clima capaz de suscitar o interesse das pessoas para as actividades sócio-culturais que pretendemos desenvolver junto das mesmas. Em nosso ver, esta etapa é fundamental para dar o nosso projecto a conhecer e motivar as pessoas para participarem activamente nele. Para que esta fase seja possível temos antes de mais que conhecer profundamente a realidade com que vamos trabalhar, pois como nos diz o autor temos que conhecer para transformar, e para que esta tarefa seja geradora de crescimento é importante ir de encontro às necessidade do nosso público-alvo, só partindo do seu próprio mundo, das suas vivências faremos com que se interessem e vivam realmente o nosso projecto.
Antes de mais, e para que este seja claro temos que definir o público-alvo que pretendemos atingir. Sendo assim este é: As crianças do Jardim-de-Infância e toda a comunidade envolvente (pais, amigos, e restante família) e os alunos da Universidade do Minho.

Mas como “cumprir” esta etapa? Importa, antes de mais, criar um conjunto de instrumentos que nos ajudem a motivar a população em causa. Tais como: uma boa campanha de divulgação do nosso projecto, onde se revele a importância que este tem para a comunidade bem como a relevância da participação desta.
Por outro lado, é importante reforçar que estas actividades serão realizadas nos tempos livres, ou seja preferencialmente num período pós laboral.
Bibliografia consultada:
Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

26 abril, 2007

Desenho das actividades do nosso projecto...


Para elaborarmos o projecto para esta Unidade Curricular pensamos aproveitar o projecto já elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Projecto e Seminário, visto que este é também um projecto de animação.
Ainda sem recorrer ao texto fornecido pela docente, pensamos neste primeiro post apenas descrever sucintamente duas actividades a que nos propusemos por as considerarmos pertinentes para o desenvolvimento do projecto desta Unidade Curricular. Assim, a primeira actividade consistiu na divulgação e angariação de livros para a criação de uma biblioteca no Jardim-de-Infância das Enguardas, na cidade de Braga. Esta actividade foi realizada na Universidade do Minho e na Junta de Freguesia de S. Victor e a angariação contou com o apoio de alunos e docentes, bem como de outras pessoas dos locais referidos. A segunda actividade consiste em apresentar um teatro referente a uma história infantil ("Os Ovos Misteriosos") contando com a participação das crianças do Jardim. O intuito desta dramatização será mostrar que somos todos diferentes mas podemos viver todos harmoniosamente na mesma comunidade…
Para finalizar importa realçar que a escolha destas actividades para o projecto desta Unidade Curricular, foi feita devido ao facto das mesmas revelarem, na nossa opinião, uma animação educativa e cultural passível de envolver toda uma comunidade.

18 abril, 2007

Democracia ou Democratização cultural???

A questão é esta. Qual das duas a mais correcta ou aquela que melhor desenvolve o ser humano enquanto ser activo e participativo, enquanto ser social e detentor de uma autonomia que o pode levar a crescer e ser mais e melhor?? Em nosso ver não há melhor nem pior quer se fale em Democracia, quer se fale em Democratização cultural, falamos sim em formas distintas de levar a cultura ao Homem e de fazer com que este se envolva neste processo. A primeira profundamente voltada para a participação cultural do Homem, para o seu envolvimento nessa mesma cultura, fala-se aqui numa cultura para todos, criando-se as condições para uma transformação cultural. A segunda pugnando uma cultura ao alcance de todos, visa um acesso do Homem à cultura possibilitando uma difusão cultural onde a cultura se encontra ao alcance de todos.

Este texto não visa ser uma mera reprodução do que está escrito no texto facultado pela professora, é sim uma nota introdutória às imagens que se seguem.















Mas o que tem estas imagens a ver com o texto acima apresentado? Questionam-se vocês. Tudo, todas elas nos dão facetas de manifestações culturais.
Democracia ou Democratização cultural?
É esta a questão que lançamos e gostávamos de ver respondida no nosso Blog.
Serão a Arte, o Teatro, o Cinema a Musica meras formas de Difusão cultural ou pelo contrário formas de Transformação cultural?
Em nosso ver podem ser ambas dependendo da forma como o Homem as vê e actua perante elas, podendo ser um mero espectador ou pelo contrário um participante / actor, que cria e recria a sua cultura.
Em nosso ver, quer uma quer outra, embora com formas de actuação diferentes, conduzem sempre o Homem a um crescimento interior imenso.
Porque a cultura não é só de quem pode mas de todos aqueles que com ela querem crescer.

29 março, 2007

Boa Páscoa




Caros visitantes deste Blog, aproveitamos para desejar a todos uma Boa Páscoa. Comam muitas amêndoas... E Divirtam-se! Boa Páscoa a todos mas em especial aos Alunos e Docentes da nossa Licenciatura.

Animação: conceitos diferentes e iguais...


Vários autores dão-nos diferentes definições do conceito de Animação Sociocultural, das quais optamos por destacar as seguintes:

Um conjunto de técnicas sociais que, baseadas numa pedagogia participativa, tem por finalidade promover práticas e actividades voluntárias que com a participação activa das pessoas desenvolvem-se no seio de um grupo ou numa determinada comunidade, e manifestam-se nos diferentes âmbitos das actividades socioculturais que procuram o desenvolvimento da qualidade de vida”.
(Ander-Egg Ezequiel, 2000: 100)

A animação sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa e a participação das comunidades no processo de seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integradas.”
(UNESCO, in Ander-Egg Ezequiel, 2000:107)

“ (…) A animação sociocultural é um elemento técnico que permite ajudar os indivíduos a tomar consciência de seus problemas e necessidades, e a entrar em comunicação a fim de resolver colectivamente esses problemas… A animação implica-se em todos os domínios da actividade humana, em todos os problemas da vida em grupo, da vida de bairro, da vida urbana ou rural, formam-se animadores a fim de ajudar a tomada de consciência em todos os âmbitos das actividades”.
(P. Waisgerberf in Ander-Egg Ezequiel, 2000:109)

Nota: Estas definições são traduções (realizadas por nós) do texto:
Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

Para nós a Animação Sociocultural é: Uma prática social que visa ajudar a população com quem estamos a trabalhar a desenvolver-se a vários níveis pessoais e/ou profissionais. Esta prática não se processa meramente pela transmissão, mas opera-se de forma muito diferente recorrendo a modos de actuação muitas vezes ligados à arte e à cultura, e não só. Esta permite às pessoas encontrar soluções e novas formas de encarar os seus problemas, conduzindo-as assim a uma vida melhor, a um encontro com o seu EU que muitas vezes se encontra ofuscado pelos problemas de uma vida no mundo moderno.


Animação num Tempo sem Tempo...


Tempo livre sem liberdade,
Horizonte sem realidade,
Caminhos que se cruzam sem se cruzar,
Olhares que se afastam sem se tocar...
Mundos...
Marcas num tempo sem tempo,
Sorrisos num rosto sem rostos,
Vida num mundo sem vida...
Alienação...
Alienígenas...
Estranhos seres que não sabem o que fazer...
Talvez crescer seja a solução...
Fazer deste pensamento vão,
A porta de uma estrada a percorrer.
Transformar estes seres alienados,
Em seres completados,
Fazer o homem pensar,
Fazer as marcas do tempo mudar...
Animação...
Projectos num futuro sem tempo,
Marcas,
Passos, passinhos ou estagnação,
Momentos,
Vitórias,
Derrotas,
Lutas sempre travadas,
Projectos,
Vidas transformadas...
É isto a animação,
uma luta de estradas perdidas e encontradas...

Sentir a animação...


São muitos aqueles que vêem os animadores como palhaços de nariz vermelho, e que ainda por cima tem que fazer uma Licenciatura para fazer tais figuras. Mas para essas pessoas julgamos que há muito a dizer, muitos equívocos que tem que ser desfeitos perante uma sociedade que descrimina e ridiculariza algo que muitas vezes desconhece quase por completo. A animação é muito mais que isso, é um processo de construção do ser humano enquanto pessoa, e muitas vezes do nosso próprio Eu. Mais que uma mera cara pintada ou uma roupa engraçada, a animação Socioeducativa é Educar, é fazer o outro crescer e mostrar o seu Eu. Não é um “palhaço” que anima os tristes, é alguém sempre pronto a desenvolver projectos que ajudem o outro, sejam eles com crianças, idosos, desempregados, a desocultar muitas das suas capacidades, transmitindo muitos valores essenciais à condição humana, sejam eles de respeito pelos outros e pelas suas culturas, pelo meio ambiente, etc. Os valores estão lá, mas em vez de serem transmitidos numa palestra são veiculados de uma forma completamente nova, criativa e acima de tudo com arte, pois mais que “palhaço de nariz vermelho”, o animador é artista que sente o mundo e a vida de uma forma diferente, sempre na ânsia de ajudar alguém a crescer e aprender mais...

Educação Informal vs Educação Não-Formal




Antes de mais, pensamos que importa referir que vários autores nos dão definições de educação formal e não-formal, optamos por estas, pois pensamos que são as que melhor definem estes conceitos e também porque são as mais claras e objectivas. Assim, segundo Palhares (in XIV Colóquio Afirse, para um balanço da investigação em Educação de “1960 a 2005”, Lisboa. Fev. 2006) a Educação Formal é um “sistema educacional altamente institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado” que acontece normalmente desde que se entra na escola primária até ao final da universidade. A Educação não-formal corresponde a todas as actividades organizadas, constantes e educativas que ocorrem fora do limite do sistema oficial (fora da escola ou de outra instituição educativa), e que permitem facilitar determinadas classes de aprendizagem quer a adultos quer a crianças.
Também Paulo Freire nos dá uma definição destes conceitos e nós optamos por mostrar algumas das principais diferenças entre eles, sendo estas:

Educação Formal:

Escolas e universidades;
Centralizada num currículo;
Mais burocrática;
Tempo limitado;
Espaço demarcado;
Tem certificado de aprendizagem.

Educação não-formal:

Múltiplos espaços;
Não há um currículo definido;
Menos burocrática e mais difusa;
Tempo flexível;
Espaço flexível;
Pode ou não ter certificado de aprendizagem.


Assim, não se pode dizer que a educação se restringe à escola, esta é muito mais que isso, nem só na escola nós aprendemos. A escola é um importante factor de aprendizagem, mas também se aprende em contextos que nada têm a ver com esta, existem contextos não formais que nos ensinam muitas coisas que a escola não ensina. Na escola aprendemos conteúdos, fora dela aprendemos a viver!



Bibliografia: PALHARES, José Augusto (Fev. 2006). XIV Colóquio Afirse, para um balanço da investigação em Educação de “1960 a 2005”, Lisboa.

22 março, 2007


Depois de duas postagens sobre o mesmo texto, o que ainda poderemos dizer? Podemos referir que a animação sociocultural se preocupa em:

  • combater a passividade e a homogeneidade produzidas pelas indústrias culturais;

  • organizar as actividades educativas e culturais, de modo a abranger um número elevado de participantes.

É ainda de realçar o facto de que, desde do seu nascimento, a animação sociocultural tem mostrado várias das suas dimensões, tanto de intervenção sócio-pedagógica, como uma promoção cultural ou mesmo uma acção social, procurando que as pessoas sejam agentes activos na sua própria formação.
De acordo com Ezequiel Ander-Egg “Se ha dicho que la animación sociocultural y la educación permanente son «dos caras de una misma moneda»”, pois a animação sociocultural procura superar e vencer as atitudes de apatia em relação ao esforço por “aprender ao longo da vida”, que é uma substância da educação permanente. Assim, e concordando com outro autor, Edgard Fauré, o importante não é apenas a aquisição de conhecimentos definitivos, mas, principalmente, a elaboração ao longo da vida de um saber em constante evolução e de “aprender a ser”.
Para finalizar é relevante mencionar que, como já sabemos, alguns não têm acesso aos produtos e bens culturais e outros têm a possibilidade de aceder a todos esses produtos e bens. Por este motivo, a acção cultural, especialmente através dos programas da animação, procura que a cultura seja acedida por todos, contribuindo, assim, para uma igualdade de oportunidades.
Ficamos, assim, com a última caminhada sobre o texto “Metodología y Práctica de la Animación Sociocultural”, esperamos que tenham gostado e até à próxima!

Bibliografia consultada:
Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.



Tempo Livre e Animação Sóciocultural


Para que a animação sociocultural se torne uma proposta válida, é necessário que, quem decidir optar por esta forma de intervenção, esteja atento às mudanças que se vão produzindo nas sociedades. Por exemplo, um dos grandes problemas actuais é a “dualidade do mundo do trabalho”: há os que trabalham e os que não trabalham. Aqui a animação cultural poderia actuar, mas com um senão: as pessoas não dispõem de tempo livre propriamente dito, mas sim de tempo em que não trabalham. Também o aumento da produtividade, por um lado proporciona o desenvolvimento de programas culturais pois as pessoas não têm de trabalhar tanto, mas por outro lado esta dispensou mão-de-obra o que origina mais desemprego, as pessoas sentem-se inúteis e não aderem tanto a programas de animação cultural. A animação cultural pode ser uma perspectiva interessante pois pode dinamizar programas óptimos para estas pessoas que têm mais tempo livre do que gostariam. Também em grandes cidades esta pode revelar-se uma boa opção. E porquê? Porque as cidades estão cada vez mais desumanizadas, já não se vive, mas sobrevive-se! Estas tornaram-se locais de produção e consumo e nada mais onde as relações interpessoais são escassas e praticamente não existem laços sociais. A cultura também quase deixou de existir, é considerada por muitos como algo que se compra e consome. E muito disto devido a quê? À tecnologia que nos trouxe os mass media e com eles a publicidade e a propaganda. Apareceram também as chamadas indústrias culturais que se dedicam à transformação, fabricação e reprodução de produtos e serviços culturais transformados em bens de consumo social. Uns acham que estas indústrias nos conduzem a um consumismo cultural e massificado que vai degradando a verdadeira cultura, pois são movidas por interesses comerciais. São vistas como meios de dominação ideológica e cultural pois têm um grande poder económico. Outros acham que estas vieram melhorar as vidas de todos pois permitem que milhões de pessoas tenham acesso a uma grande diversidade de bens culturais, ainda que sejam apenas para consumir ou por pura diversão.
Mas existirá uma boa alternativa a estas indústrias culturais? Dizer que a animação cultural é uma boa alternativa é um exagero, mas esta pode ter aqui uma actuação, apesar de modesta e limitada.

Bibliografia consultada:
Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

16 março, 2007

Emergência...



Antes de partirmos para uma análise mais aprofundada em relação à animação sócio cultural importa compreender as condições da sua emergência.
Assim, segundo o texto “Metodología y práctica de la Animación Sociocultural” de Ezequiel Ander- Egg, esta, como é evidente, não surge num dia exacto, é fruto de um processo. Temos sim a indicação de que emergiu nos anos 70 em alguns países industrializados e urbanizados da Europa, particularmente em França, surgindo como o fruto de um conjunto de factores de natureza distinta, entre eles:
- um conjunto de problemas derivados das mudanças sociais que se foram produzindo depois dos anos 50.
- novas ideias e preocupações que surgiram quer entre alguns intelectuais, quer entre militantes sociais: a necessidade de corrigir e atenuar a brecha existente entre diferentes sectores sociais.
A animação tenta assim dar resposta a novos problemas que se fazem sentir, como a marginalidade e exclusão social, entre outros. Paralelamente a estes problemas surge um outro factor que é o aumento do tempo livre. Graças aos avanços tecnológicos, conjugando com a pressão das forças sociais (especialmente as lutas sindicais e reivindicações laborais), aumentou-se a produtividade e consequentemente o tempo livre, crescendo também a preocupação em usá-lo de forma a que este sirva para o crescimento das pessoas e grupos. Como consequência do desenvolvimento da tecnologia comunicacional surgiram também as chamadas “indústrias culturais”.
É também de destacar que a emergência da animação institucionalizada e dos programas de animação apareceram principalmente nas cidades de rápido crescimento, especialmente em cidades onde se manifestam "los malestares de la civilización urbana", estando os primeiros programas de animação preocupados com as consequências que derivam da desestruturação social. Mas, assistimos também a um problema intimamente relaciondo com este aumento de tempo livre, que é o facto de as pessoas não estarem suficientemente preparadas para usar esse tempo de forma proveitosa. Assim, a animação vem lançar um novo e preocupado olhar sobre esta situação. Agora, muito mais do que uma preocupação em fazer com que as pessoas ocupem de forma activa e criativa o seu tempo livre preocupam-se em “ evitar el ócio passivo y alienante”.

Bibliografia consultada:

Ander-Egg, Ezequiel (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

Mapas...



Mas porque é que este post se chama “Mapas”? Mas que ideia foi esta de dar este título a um post? perguntam vocês...É muito fácil, precisamente porque vamos explicar aqui o porquê dos nossos próximos posts...Assim o nome “Mapas” foi o que nos pareceu mais indicado pois trata-se de um mapa dos próximos caminhos que vamos trilhar... Espero que nos acompanhem neste "passeio pela Animação” e que todos os contributos que colocamos aqui sejam elucidativos e esclarecedores, e claro que colaborem connosco deixando muitos comentários, ajudando-nos a tornar este blog num local de troca de conhecimentos...
Depois de ler o texto “Metodología Y Práctica de la Animación Sociocultural” de Ezequiel Andre-Egg, sugerido pela professora, iniciamos o nosso caminho tentando perceber o que é afinal a Animação Socioeducativa. Sendo assim, ( apesar da dor de cabeça ao ler e traduzir o texto em espanhol :) ) achamos que este é muito esclarecedor, e forneceu-nos muita informação relevante sobre este assunto. Deste modo os próximos contributos irão incidir sobre este texto...
Esperamos que sejam esclarecedores...
Até breve:)


15 março, 2007

O primeiro passo...



Cá estamos nós para iniciar mais uma caminhada...Mas...desta vez não vamos ao Bom Jesus, vamos trilhar um caminho bem diferente e que para nós é completamente novo. Mas porquê "Caminhos em Animação"? Porque vamos descobrir e caminhar nos meandros da animação.
Esperamos que gostem do nosso Blog e que comentem muito :)
Até breve...